Há alguns meses, num desses chuvosos dias nos quais procuramos meios de nos entreter passivamente enquanto nos perdemos em pensamentos, entrei num site de jogos. Foi quando me deparei com o "Every day the same dream", uma espécie de vídeo jogo que apresenta-se com cinco modos diferentes de se chegar ao seu final.Por mais simples que pareça, a mensagem que o jogo traz é de extrema atualidade e complexidade.
O personagem principal passa pelas mesmas atitudes automatizadas todos os dias: acorda, desliga o alarme, troca de roupa, vai trabalhar, escuta da esposa o quanto está atrasado, enfrenta o trânsito, recebe bronca do chefe e senta no seu cubículo exatamente igual a todos os outros funcionários.

E é justamente entre cada ação que você, assim como em sua própria vida, pode tentar mudar um pouco a rotina. Num simples gesto de tentar seguir por outro caminho, coisas surpreendentes podem acontecer.
Suas aparentes multiplas possibilidades esgotam-se chegando a um mesmo "play again" (outro diferencial do jogo, não tem o tão comum "the end"), no qual o personagem se vê pulando do escritório onde trabalha.
Sonho, realidade, simplesmente um jogo....nada disso realmente faz alguma diferença...a lição mais certa que posso aproveitar é: desacelere....desacelere o passo, a automatização, a alienação...já que não podemos adivinhar se o final será mesmo sempre igual, que ao menos possamos escolher melhor os caminhos para se chegar lá!
http://www.molleindustria.org/everydaythesamedream/everydaythesamedream.html
Texto por Mariane Borges (@mariborjao)
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