quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tempo, nosso mano velho.



Eu simplesmente não poderia deixar de fazer esse post.
Ontem em uma das Capacitações do Conexões Senac - Competição de Empreendedorismo que estou participando - o tema pareceu ter sido feito para mim e claro para milhões de pessoas. Afinal, quem não tem seus problemas e reflexões sobre o tempo?!

Ahhh, o tempo... quantas vezes não falamos: Como o tempo está passando rápido! Não tenho tempo! E assim vamos na correria frenética que vivemos nessa cidade e em muitas outras grandes metrópoles.
O fato é que nunca vi uma abordagem tão prática e objetiva sobre a organização do tempo e uma reflexão, no mínimo interessante de se fazer, sobre o que é importante, urgente e circunstacial nas nossas vidas.
Uma das reflexões que mais gostei foi sobre os diversos papéis que temos que exercer - estudante, funcionário, filho, namorado, amigo... enfim, uma infinidade de papéis que muitas vezes (na maioria delas) alguns são deixados de lado. Quando planejamos nosso tempo (que fique claro, QUANDO), não lembramos de planejar o tempo de exercer cada um desses papéis. Não sei se é assim na vida de vocês, mas na da maioria das pessoas que conheço é o papel de amigo, filho,namorado, enfim, os papéis que temos com as pessoas que amamos e nos amam que ficam para trás, "perdido no tempo". E lá na frente, geralmente quando já não há mais tempo, MESMO, é que pensamos que deveriamos ter "amado mais, chorado mais, visto o sol nascer", como já diria Sérgio Britto e os Titãs.
Uma frase de ontem que marcou foi: "O mal uso do tempo implica em deixar as pessoas que realmente importam de lado."

É, vivemos sofrendo com a falta de tempo, até da falta de tempo psicológico. Whatá? Sabe aquele momento em que a gente até tem um tempinho, mas a estafa que a correria deixa é tão grande que vira um tempo improdutivo? É o que eu chamo de não ter tempo psicológico.

E é nesse contexto que a vida vai passando e vamos aproveitamos menos do que deveríamos, menos do que queríamos e menos do que poderíamos. Acredito que a gente pode aproveitar muito mais a vida. Porque a verdade é que não sofremos da falta de tempo e sim da má organização do tempo.

O Christian Barbosa, palestrante incrível de ontem, deu dicas práticas de como ter mais tempo (organizando melhor nosso tempo) e que me fizeram acreditar muito no resultado (já estou colocando em prática e depois conto se deu certo mesmo, mas acredito que vai).

Claro que eu não ia esconder o ouro. O Christian disponibiliza muita coisa bacana na internet e também é autor de vários livros que já entraram para minha listinha de compras. Aí, vão os links (neles vocês encontram os títulos dos livros também), aproveitem muito e lembrem-se que o segredo está na disciplina e vontade de cada um ;)

#ficadica


http://blog.maistempo.com.br/

http://www.vocecommaistempo.com.br/






segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Play again!



Há alguns meses, num desses chuvosos dias nos quais procuramos meios de nos entreter passivamente enquanto nos perdemos em pensamentos, entrei num site de jogos. Foi quando me deparei com o "Every day the same dream", uma espécie de vídeo jogo que apresenta-se com cinco modos diferentes de se chegar ao seu final.Por mais simples que pareça, a mensagem que o jogo traz é de extrema atualidade e complexidade.
O personagem principal passa pelas mesmas atitudes automatizadas todos os dias: acorda, desliga o alarme, troca de roupa, vai trabalhar, escuta da esposa o quanto está atrasado, enfrenta o trânsito, recebe bronca do chefe e senta no seu cubículo exatamente igual a todos os outros funcionários.


E é justamente entre cada ação que você, assim como em sua própria vida, pode tentar mudar um pouco a rotina. Num simples gesto de tentar seguir por outro caminho, coisas surpreendentes podem acontecer.
Suas aparentes multiplas possibilidades esgotam-se chegando a um mesmo "play again" (outro diferencial do jogo, não tem o tão comum "the end"), no qual o personagem se vê pulando do escritório onde trabalha.


Sonho, realidade, simplesmente um jogo....nada disso realmente faz alguma diferença...a lição mais certa que posso aproveitar é: desacelere....desacelere o passo, a automatização, a alienação...já que não podemos adivinhar se o final será mesmo sempre igual, que ao menos possamos escolher melhor os caminhos para se chegar lá!

Versão "Tenho preguiça!"



Desenvolvedor: Paolo Pedercini
http://www.molleindustria.org/everydaythesamedream/everydaythesamedream.html


Texto por Mariane Borges (@mariborjao)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Just do it!


Sexta-feira, ebaaa!! E como já está se tornando costume neste blog, musiquinha de aquecimento para o fim de semana.
Mas não se enganem, não é só uma música, é um recado que deixo para vocês na voz  da Camila do Copacabana Club.

Just do it!





Apenas faça.

Apenas faça isto porque você quer isto.
Apenas faça isto porque você gosta disto.
Apenas faça isto porque você sente isto,
não porque você viu isto.


Você pode fazer uma música
Cozinhar sua comida
Limpar sua casa
Você pode usar uma tanga
Ser tão rude
Beijar minha boca.


Você pode furar seu nariz
Costurar suas roupas
Dançar sozinho
Você pode fazer alguns amigos
formar uma banda
ou cantar junto.

Apenas faça isto porque você quer isto.
não porque você viu isto.


Apenas mude mude mude porque você quer
Apenas mude mude mude porque você gosta
Mude mude mude porque você sente
não porque você viu isso

Você pode mudar seu cabelo.
Mud sua casa.
Mudar sua vida.
Você pode mudar seu sexo.
Mudar seus amigos.
Mudar sua esposa.


Você pode mudar seus tênis.
Mudar suas calças.
Mudar seu estilo.
Você pode mudar sua cara.
Mudar seus peitos.
Mudar seu sorriso.


Apenas mude isto porque você quer isto,
não porque você viu isto.

---

Para quem não conhece a Copacabana Club é uma banda de Curitiba.
Fui a um show deles aqui em SP, além de muito bom, é extremamente dançante!!!
Ouça mais aqui.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ao que é bom nessa vida



Vi esse vídeo no blog da Lalai (que sempre tem vídeos muito legais) e logo pensei: nossa, fizeram um vídeo sobre meus pensamentos?

Esse vídeo mostra exatamente o que me moveu a fazer esse blog, a sair por SP tentando ter outro olhar sobre nosso cotidiano frenético.

E para quem já viu minha tatuagem nova, vai entender porquê me identifiquei tanto com o vídeo no final dele. (ballons)... rsrs




Cada momento é único, inclusive os tristes e difíceis... todos deixam marcas, aprendizandos e sensações.
Viva cada um intensamente.
Se reinvente e veja o mundo com outros olhos!
Desconstrua, construa, mude os ângulos... encare...não deixe a vida simplesmente passar por você.

Lembrei de uma música e #ficadica para quem quiser ouvir e se inspirar:
Ao que é bom nessa vida - Dance Of Days
http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/dance_of_days

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mochilão SP: Mercado Municipal

Foto do site do Mercado Municipal.



E finalmente o Mochilão SP volta a ativa e desembarca no Mercado Municipal de SP, ali na Rua Cantareira, pertinho da 25 de março e do Term. Pq. Dom Pedro II.

A arquitetura do mercado é linda, repleto de vitrais que deixam o ambiente iluminado e colorido. As frutas parecem de outro mundo, grandes, lindaaas... logo quando entramos meus olhos não desgrudavam daqueles morangos gigantes.

Experimentei o famoso lanche de mortaaannndelaaa..huuumm... uma delícia. Lembrei muito do meu pai, que fazia lanches de mortaannnnndelaaa que nem o, incrívelmente recheado, do mercadão superou, acho que eram as mãozinhos do meu véio que faziam dos lanches tão especiais.
Minhas companheiras nesse mochilão, foram a Carou (mais uma vez ^^) e minha mãe, elas experimentaram o pastel de bacalhau e o de carne seca. É claro que eu abocanhei um pedaço dos dois e estavam deliciosos. Os lanches são bem carinhos, mas vale a experiência, tem um ar meio histórico.

E os doces daquele lugar??? De enxer os olhos... eu não consegui escolher só um.

O Mercadão é cheio de curiosidades e coisas que você não vê em qualquer mercado por aí. Como os viagras que não são os azuizinhos que conhecemos, são diversas cores e sabores para você escolher... Vai um viagra de pimenta mexicana, aí?



 Saiba mais sobre o Mercadão aqui.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Let's Go!

 



Música é tudo de bom, né?

Tem músicas que parecem nunca se tornar antigas. São, sei lá, como vinho, quanto mais o tempo passa mais gostosa as sensações que elas provocam.... pelos lugares, pessoas e momentos que elas nos fazem lembrar.

Essa música é assim para mim. E adoro o clipe (não encontrei em qualidade melhor)

Para animar a sexta-feira: Red Hot Chilli Peppers - Universally Speaking

Let's Go?!






PS. Discordo um pouco da imagem.
I need two more things: Beach and Beer :)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esses tais muros.


Parece que tudo que tenho lido, visto, assistido tem despertado em mim ainda mais os velhos questionamentos sobre os muros e fronteiras que construímos entre 'nós e os outros'. Sábado fui assistir a peça Alice através do Espelho no Centro Cultural Fiesp, ali na Paulista (a peça está em cartaz até este domingo -19/09, mais informações aqui). Apesar de um pouco confusa, achei os temas abordados interessantes e um deles era a fronteira entre os países, a entrada em novos territórios, como se tornou burocrático chegar perto dos outros povos, outras culturas... outros lugares.
Algumas tribos africanas não tem essa noção de fronteiras e ainda sim defendem seus espaços, guerriam, impendindo a proximidade com o outro, o conhecimento do diferente.
Será que essas fronteiras estão intrínsecas a nós seres humanos?
Isso até me lembra um pouco o conceitos de Anarquia... será que o ser humano consegue não ser governardo, não ter fronteiras e respeitar o espaço e o direito do outro?

Só dividindo um pouquinho meus devaneios com vocês. ;)

Dicas de leitura:

Expedições Urbenautas - Eduardo Fenianos




A revista Trip deste mês está cheia de materias legais, mas já que estamos falando em fronteiras, indico as matérias:

- Eu curto a legião - Por Gonçalo Junior
- Mais prédios, menos céu - Da coluna do J. R. Duran





PS. Se você assistir Alice através do Espelho e entender, divida aqui com a gente :)

sábado, 11 de setembro de 2010

Viva eu, viva tu, viva o Rabo do Tatu!


Dia feliz no blog!! Minha grande amiga que idealizou esse blog comigo, durante muitos anos na época do colégio, resolveu voltar a escrever e postar suas ideias aqui.
Mariane Borges cursou o 1° semestre de Ciências Sociais na Unifesp e agora pretende cursar algo na área de Audiovisual. É uma pessoa inteligentíssima, tenho certeza que vocês vão gostar dos textos dela.
E não podia vir em hora melhor, há menos de um mês das eleições precisamos realmente parar e refletir sobre nossas escolhas, os textos da Mari provocam essa reflexão em mim e aposto que fará o mesmo com vocês. 

Boa leitura!





Há alguns meses atrás, tive a recomendação sobre um livro que mistura psicologia, sociologia e cultura. O nome desde o princípio me chamou a atenção: "Viva eu, viva tu, viva o Rabo do Tatu!". Pode parecer um título bobo, idiota ou simplesmente bacanudo!

Mas, pelo pouco que já li, vai muito além das aparências. Roberto Freire, com sua linguagem nua e crua, nos leva sabiamente a reflexões mais profundas de circunstâncias e habitos que, por vezes, acabam tornando-se imperceptíveis de tão óbvios e presentes em nosso dia a dia. Tenho a intenção de discutir mais sobre ele porém, por hoje, fico com o capítulo inicial e que, até então, foi o que mais me chamou atenção. O autor divaga sobre um pequeno fragmento de um poema do poeta brasileiro David Calderoni:


"Hoje encontrei com meu pai

E dói pensar

O quanto ainda sou filho.

É preciso matar meu pai

Teu, nossos pais.

Mas sobretudo é preciso

Sabê-los morrer

Para não cometer suicídio."


Cada trecho dele me lembra aquelas frases, reflexões e ditados que entendemos perfeitamente porém, não conseguimos traduzir o significado com palavras ou pelo menos não tanto quanto gostaríamos. A ideia de paternalismo fica clara juntamente com a ideia do quanto isso nos faz mal. Imobiliza, acomoda e pior....não incomoda! Ou pelo menos gostamos de acreditar nisso e, na primeira tentativa de rompimento com a dependência paterna, surge o medo...o medo da independência, do caminhar com as próprias pernas, das consequências que isso pode trazer; e aí o que fazemos? Tornamo-nos dependentes novamente. A solução, portanto, seria "assassinar" essa relação desgastante e retrógrada que atinge não só o ambiente familiar, mas também acaba estendendo-se aos campos político, ideológico e social.

Como o próprio Roberto Freire diz: "são mais culpados e nocivos os chantageados que os chantagistas", daí a necessidade de "sabê-los morrer", com a consciência e a certeza de que, mais tarde, quando for a nossa vez de assumir um papel de liderança, de aconselhar e participar, também não fugiremos delegando responsabilidades e escondendo-nos debaixo de opiniões que nem nossas são. Dá medo? Claro! Mas acredito que os benefícios trazidos por essa tomada de atitude, por essa ocupação de um espaço próprio, de tomar as rédeas do próprio destino são muito maiores que qualquer outra coisa. Num mundo onde abestados e silicones ambulantes candidatam-se para nos representar no senado, num mundo onde uma morte se esquece pagando propina, num mundo onde o homem constrói sua própria destruição, enxergar a vida com os próprios olhos e não com os alheios, pode sim, fazer toda a diferença!

(Texto por Mari Borges - @mariborjao)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

La tierra és redonda y há algo más...


¿Hablas español? 

Inspirada na língua que mais ouvi nos últimos dias e no clima de viagens que me dominou, resolvi postar esse clipe lindo da banda espanhola Amaral. Um amigo me mandou já faz um tempo e o momento não podia ser mais oportuno, a música Revolución cabe bem na semana da Independência do nosso país.

Essa música me fez pensar que lá atrás, em diversos momento da história, muitos foram ousados de dizer que havia algo além do "nariz dos poderosos", hoje penso que cabe a nós ver algo além do nosso próprio nariz.

Há mais lugares no mundo, na cidade...
Há mais pessoas...
Há mais diferenças...
Há mais línguas, sotaques e jeitos de se falar...
HÁ SEMPRE MAIS O QUE APRENDER!

Música e vídeo são lindos e para quem quiser conferir mais músicas da Amaral é só entrar no Canal da Emi Music no Youtube. 




"Siento que llegó nuestra hora
Esta es nuestra revolución
Porque siento que este es el momento
De olvidar lo que nos separó y pensar en lo que nos une"


PS. Imagem especial para Fernanda Mendes ;)

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Um homem precisa viajar...


Esse feriado o Mochilão SP desembarcou na Argentina, para desbravar uma outra metrópole. Cheia de semelhanças e diferenças de São Paulo, Buenos Aires me mostrou como uma viagem pode te ensinar muito sobre um lugar, as pessoas e principalmente sobre você mesmo.

Depois vou contar mais aqui para vocês, mas hoje deixo um texto que li no blog Nas Asas de Giuliana, que demonstra bem o que pude aprender nessa minha primeira (de muitaaaaas) viagem internacional.

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.” - Amyr Klink

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quanta poeira você joga no tapete do outro?


Há tempos que estou para escrever um texto sobre a FILE - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica que aconteceu no Centro Cultural FIESP e,em toda região da Av. Paulista, com exposições e intervenções intinerantes...demorou, o festival já acabou e, só agora deu tempo de divagar um pouquinho sobre as minhas percepções. E o atraso é consequência da vida de uma estudante que se envolve em tudo que aparece. (às vezes tento ser diferente disso, mas esses desafios são o que me movem, como se fossem o combustível do balão, o que o leva para cima).

Vamos ao que interessa: FILE 2010

Aqui em SP o FILE acontece anualmente e vem tratar de arte e tecnologia interativa.
Acredito que eu, como a grande maioria do público do Festival se encanta, se impressiona, seja lá o que for, com as interações que as máquinas são capazes. São as mais diferentes formas de interface que ligam todo esse mundo virtual ao ser humano. O ser humano, esse é o ser que mais me interessa nessa história toda.
Para mim aí que está o "Q" da interação, não é o que a máquina pode fazer e sim as sensações e percepções que essa interação provoca em nós, seres humanos. Eu mesma, fiquei que nem uma boba dançando e passando pela luz, que formava um manto na instalação "Luzes Relacionais". Estava impressionada, como meus movimentos modificavam a forma da luz e fiquei durante bastante tempo tentado tocar o manto de luz, mesmo sabendo que não era possível.

 Instalação Luzes Relacionais - Foto do site do FILE

Minhas loucuras com as luzes a parte... a grande reflexão que a FILE me provocou sobre interação seja, de máquinas e seres humanos, seres humanos e outros seres humanos, se despertou na instalação "From Dust Till Dawn". Uma sala escura, onde apenas o entorno dos pés ficavam iluminados com um laser verde, haviam alguns espanadores e um ruído. Percebi que muitos saiam dessa instalação achando que ela era simples demais, alguns achavam um tanto chata, talvez sem graça, mas  entrei e permaneci ali durante algum tempo. Maíra Vaz, a educadora e artista plástica que me acompanhava, começou a me questionar sobre que tipo de interação acontecia dentro daquela instalação e foi então que comecei a perceber que conforme as pessoas se movimentavam, entrando e saindo da sala escura, os ruídos aumentavam e diminuíam... era a poeira depositada no chão da sala que com os movimentos das pessoas se moviam para os discos de vinil, localizados nos cantos da sala, os arranhavam e definiam o novo som que ouviríamos.

 Instalação From Dust Till Dawn - Foto do site do Jornal da Tarde


E é claro que a loucura não acaba por aí, na verdade ela só começa... afinal, quanta poeira você joga no tapete do outro? O quanto nossas atitudes modificam o ambiente ao nosso redor? Já deu para perceber que daí em diante foram questionamentos e comparações incessantes daquela instalação com o momento em que vivemos hoje, de preocupação ambiental e, até mesmo com meu dia a dia. Uma coisa besta que lembrei, são as diversas vezes que algum espertinho sem fones de ouvido, coloca uma música bem alta no trem e não permite que os demais possam ler um livro, conversar, estudar para a prova (poxa, o trem é o meu local de estudo...rs).
No final o que fica disso tudo é que todas as nossas atitudes mudam algo ao nosso redor e isso não é novidade nenhuma. Lá na época da escola aprendemos que ação e reação é lei da física.
Ainda assim, questionamos sobre os ruídos que temos ouvido, sem perceber quais das nossas atitudes estão os causando. Seja no meio ambiente, na sua casa, com seus amigos, enfim, pense: quanta poeira você está jogando no tapete do outro?

Já acabou, mas vale a pena conferir: http://www.file.org.br/